Promotor classifica caso de tortura de soldado por policiais militares no DF como violação à moralidade administrativa, exigindo investigação rigorosa.



No mais recente escândalo envolvendo a Polícia Militar do Distrito Federal, 14 policiais foram acusados de torturar um soldado durante o curso de formação do Batalhão de Choque (Patamo), em abril deste ano. O caso foi classificado pelo promotor titular da 3ª Promotoria de Justiça Militar do DF, Flávio Milhomem, como uma grave violação aos princípios de moralidade administrativa.

Segundo relatos, a denúncia chegou à promotoria quando a vítima ainda estava internada na UTI após as agressões. Em apenas cinco dias, os 14 militares foram presos, mas logo foram soltos por decisão judicial. Mesmo em liberdade, os acusados ainda estão sob investigação e terão que responder às acusações que surgirem.

Milhomem, que está há 30 anos no Ministério Público e 10 à frente da 3ª Promotoria Militar, considerou o caso como um dos mais marcantes de sua carreira. Ele destacou a importância do controle por parte do MP para garantir a responsabilização dos envolvidos.

As agressões contra o soldado durante o curso de formação foram descritas em detalhes, revelando um cenário de humilhação e violência física. O tenente responsável teria forçado a vítima a assinar uma ficha de responsabilização sob ameaça e ordens cruéis.

O caso ainda está em investigação, com pedido de quebra de sigilo telefônico dos PMs acatado pela Justiça. A Corregedoria da PMDF está finalizando o inquérito para encaminhar ao Ministério Público, que poderá apresentar denúncia à Justiça ou arquivar o processo, conforme os resultados das investigações.

Diante da gravidade dos fatos, a sociedade espera que a justiça seja feita e os responsáveis sejam devidamente punidos, demonstrando que atos como esses não serão tolerados dentro das instituições de segurança pública. A confiança na integridade e na ética dos agentes públicos deve ser preservada para garantir a credibilidade e o respeito às leis e aos direitos humanos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo