Tibério Jorge, fundador do Instituto Amigos da Sopa, expressou sua satisfação com a parceria, ressaltando que o Fortes Raízes complementa o trabalho já desenvolvido nas oficinas de panificação solidária. “Nosso objetivo é ensinar mulheres a empreender, discutindo também temas críticos como o feminicídio e a violência doméstica. Ao unir esforços com o Sesc, reconhecemos que estamos alinhados em uma missão comum de gerar um impacto positivo na vida dessas mulheres”, afirmou Jorge, destacando a importância da formação de redes de apoio e solidariedade.
A cerimônia de abertura foi enriquecida pela presença de diversas autoridades, incluindo Meire Célia Lima, diretora de Programas Sociais do Sesc Alagoas, e Luh Turbantes, coordenadora municipal de Igualdade Racial. A programação incluiu uma palestra da professora doutora Marli de Araújo, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), que abordou a questão da visibilidade das mulheres em Alagoas. Para simbolizar o combate à violência, foi realizada uma homenagem a Claudiane Maria Juventino dos Santos, vítima de feminicídio, com uma cadeira ornamentada de flores e um tecido lilás.
Ana Guimarães, uma das participantes do projeto, compartilhou sua experiência pessoal, afirmando: “O projeto tem sido uma luz nas nossas vidas. Muitas vezes chegamos nos sentindo desmotivadas, mas aqui encontramos um espaço de troca e apoio, onde percebemos que nossos problemas podem ser superados juntas.” Ela ressaltou a importância da saúde emocional e do aprendizado de como viver de forma equilibrada.
O Fortes Raízes realiza encontros semanais que abordam diversas questões, como prevenção à violência contra a mulher, saúde sexual e direitos reprodutivos. As atividades, que ocorrem em instituições sociais parceiras, buscam expandir o alcance do projeto a cada edição. A partir de 2025, a iniciativa se expandirá para atender também mulheres do interior de Alagoas, com 30 novas vagas em Arapiraca.
Janaína Valença, gerente de Saúde do Sesc Alagoas, destacou a estratégia de atuação do projeto. “Escolhemos atuar em locais de maior vulnerabilidade, conforme indicado pelo Mapa da Violência Doméstica. Trabalhar a prevenção à violência é fundamental para promover o empoderamento feminino, em um contexto marcado pelo alarmante aumento dos casos de feminicídio em nossa região”, enfatizou Valença, reforçando o compromisso institucional com a saúde e a dignidade das mulheres.
