A professora responsável pelo projeto, identificada como Gilda das Graças e Silva, relatou que utilizou materiais de memes do WhatsApp para despertar o interesse e a reflexão dos alunos. O objetivo era mostrar que nem tudo que é compartilhado nas redes sociais deve ser levado ao pé da letra, muitas vezes envolvendo fake news e informações manipuladas.
Segundo Gilda, muitos alunos e até mesmo os pais estavam disseminando conteúdos sem ter um entendimento completo do que estava por trás das mensagens. A professora, que desenvolveu o projeto em uma escola da rede pública de Samambaia, usou essa experiência para sua dissertação de mestrado na Universidade Federal de Uberlândia.
O Enem recortou trechos do texto original publicado no portal Lunetas, especializado em assuntos relacionados à infância, para compor a questão da prova. O material destacava a importância de saber interpretar não apenas a linguagem escrita, mas também as mensagens visuais e simbólicas presentes nos memes e nas fake news.
A divulgação do gabarito oficial será feita pelo Inep e a previsão para a divulgação das notas individuais dos alunos é para o dia 13 de janeiro. No último domingo, os candidatos fizeram as provas de Redação, Linguagens e Ciências Humanas, enquanto as provas de Matemática e Ciências da Natureza estão previstas para o próximo domingo.
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Educação em busca de mais informações sobre a professora e a escola onde o projeto foi desenvolvido, porém não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. A iniciativa de abordar memes e fake news no ambiente escolar demonstra a importância de desenvolver o senso crítico e a capacidade de discernimento dos estudantes diante das informações do mundo digital.