O filme “AINDA ESTOU AQUI”, dirigido por Walter Salles, lançou luz sobre os anos sombrios da ditadura militar no Brasil, recordando um dos episódios mais trágicos de violação dos direitos humanos: os desaparecimentos forçados. A narrativa sensível do filme recria o contexto autoritário da década de 1970, retratando a crueldade do regime e os impactos na família Paiva, especialmente no desaparecimento do ex-deputado federal Rubens Paiva.
Rubens Paiva e muitos outros brasileiros, incluindo o alagoano Jayme Miranda, foram vítimas de desaparecimentos inexplicáveis durante aquele período sombrio da história do Brasil. Essas ausências deixaram marcas profundas de sofrimento, angústia e incerteza nos familiares e amigos, que lutaram incansavelmente por verdade e justiça.
Assim como Eunice Paiva, Elza Miranda também teve que enfrentar a terrível realidade do desaparecimento de seu marido, Jayme Miranda. Após anos de busca e incansável luta por informações e justiça, Elza se viu obrigada a se reinventar, reconstruindo sua vida em meio à dor e à incerteza.
Com 87 anos de idade, Elza Miranda é hoje uma das poucas esposas de desaparecidos políticos ainda vivas. Sua história de resistência, coragem e determinação merece ser lembrada e reconhecida. A proposta de conceder a Comenda do Mérito Legislativo Tavares Bastos a Elza Miranda reflete o compromisso com a reparação histórica, a verdade e a justiça, em consonância com os valores democráticos e civilizatórios da sociedade atual.
O gesto do deputado estadual em homenagear Elza Miranda ressalta a importância de recordar e valorizar aqueles que lutaram e sofreram em defesa da democracia e dos direitos humanos no Brasil. A memória desses heróis e heroínas deve permanecer viva, inspirando as gerações futuras a lutarem por um mundo mais justo e igualitário.
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