Projeto de lei que proíbe o “finning” é aprovado pela Comissão de Meio Ambiente com punições rigorosas e restrições à pesca de tubarões e arraias.



A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados deu um importante passo na proteção da vida marinha ao aprovar um projeto de lei que proíbe a prática do “finning” no Brasil. Essa prática cruel envolve a captura de tubarões e arraias apenas para a remoção de suas barbatanas, descartando o resto do corpo dos animais, seja vivo ou morto.

O projeto aprovado estabelece penas rigorosas para quem realizar o “finning”, incluindo reclusão de 2 a 5 anos, multa e perda da embarcação. Além disso, aqueles que venderem ou adquirirem as barbatanas sem licença também serão penalizados com a mesma severidade.

Para complementar a proibição, o texto aprovado determina que as embarcações, pescadores e empresas pesqueiras que desrespeitarem a lei terão suas autorizações de pesca canceladas. A pesca de tubarões e arraias fica restrita a apenas 20% do peso total dos animais capturados, sendo o restante obrigatoriamente devolvido ao mar.

Outras medidas incluídas no projeto são a obrigatoriedade do uso do Documento de Origem de Pescado (DOP) em todas as etapas da atividade pesqueira, a comercialização apenas de animais inteiros ou em segmentos devidamente embalados e rotulados conforme normas sanitárias, e a utilização da nomenclatura “Proteína de tubarão/arraia” nas embalagens dos produtos.

O relator do projeto, deputado Marcelo Queiroz, enfatizou que o “finning” incentiva a pesca predatória e insustentável, causando sérios danos ao ecossistema marinho. Ele ressaltou a crueldade desse ato e a importância de proteger a vida marinha para o equilíbrio dos oceanos.

Agora, o projeto seguirá para análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado no plenário e, posteriormente, no Senado. Com isso, o Brasil dá um importante passo rumo à preservação da vida marinha e à sustentabilidade de suas atividades pesqueiras.

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