Projeto de Lei propõe exigir certidão de antecedentes criminais dos noivos para habilitação ao casamento.

Um Projeto de Lei em análise na Câmara dos Deputados vem causando polêmica ao exigir novos documentos para a habilitação para o casamento. Segundo o texto, os noivos deverão apresentar a Certidão de Antecedentes Criminais e a Certidão Judicial de Distribuição Cível e Criminal das comarcas onde residem e trabalham.

De acordo com a autora da proposta, a ex-deputada Professora Dayane Pimentel, a intenção é garantir que os noivos tenham plenas condições de “reflexão, amadurecimento e tomada da decisão mais convicta sobre o casamento”. Ela explica que as certidões, também conhecidas como “nada consta”, não terão o poder de impedir a habilitação para o matrimônio, mas sim servirão como informação para os noivos.

O Projeto de Lei adiciona essa exigência ao Código Civil, que atualmente requer a apresentação de certidão de nascimento, autorização por escrito dos responsáveis legais (caso sejam menores de idade), declaração de duas testemunhas maiores que atestem conhecer os noivos e não haver impedimentos legais para o casamento, declaração de estado civil, domicílio e residência dos noivos e de seus pais (se forem conhecidos) e certidão de óbito de cônjuge falecido, sentença de nulidade ou anulação de casamento anterior, ou registro da sentença de divórcio.

A proposta agora será analisada pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se for aprovada nessas comissões, poderá seguir em caráter conclusivo, dispensando a deliberação do Plenário.

Essa nova exigência tem gerado opiniões diversas. Alguns acreditam que é importante ter acesso às informações criminais e judiciais dos noivos para evitar ocorrências de casamentos envolvendo pessoas com antecedentes criminais graves. Já outros argumentam que a medida pode ser considerada invasiva e que a decisão de casamento deve ser baseada no amor e no respeito mútuo, e não em antecedentes criminais.

A tramitação desse projeto de lei ainda está em curso, e é importante acompanharmos as discussões e os possíveis desdobramentos desse assunto tão relevante.

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