De acordo com o parlamentar, apesar de estatísticas apontarem um baixo índice de arrependimento entre os pacientes que passaram pela cirurgia de redesignação sexual, é fundamental considerar a diversidade de experiências individuais. Donato ressalta a importância de uma análise cuidadosa dos dados clínicos e relatos pessoais para compreender as taxas de arrependimento relacionadas a esse tipo de procedimento.
O projeto prevê que o SUS disponibilize acompanhamento ambulatorial com equipes multidisciplinares especializadas, além da cirurgia de reversão realizada por cirurgiões plásticos especializados em reconstrução. Além disso, a proposta também abrange o fornecimento de todos os medicamentos e insumos necessários para o procedimento. O Ministério da Saúde seria o responsável por definir as diretrizes e protocolos clínicos para a realização da reversão da cirurgia de mudança de sexo.
A proposta enfrentará análise pelas comissões de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial; Saúde; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso seja aprovada nessas instâncias, seguirá para o Senado para uma nova rodada de análises antes de se tornar lei.
O tema é delicado e levanta questões importantes sobre a autonomia do paciente e o papel do Estado na regulação de procedimentos médicos. A provável repercussão da proposta promete gerar debates intensos entre especialistas, entidades de direitos humanos e representantes da comunidade LGBTQIA+. Resta aguardar os desdobramentos dessa discussão no cenário político brasileiro.