Projeto de Lei propõe aumentar pena para furto praticado com contato físico e violência, incluindo psicológica, e para o crime de receptação.

Recentemente, o Projeto de Lei 1484/23 foi apresentado com o objetivo de alterar o Código Penal, estabelecendo que o furto praticado com uso de qualquer tipo de contato físico ou violência, incluindo a psicológica, seja considerado como roubo. Além disso, o projeto propõe também o aumento da pena máxima para o crime de receptação, elevando de um a quatro anos para quatro a dez anos a punição.

De acordo com a legislação atual, o crime de furto prevê pena de reclusão de um a quatro anos e multa, enquanto o roubo possui pena de quatro a dez anos, além de multa. O deputado Eduardo da Fonte, autor da proposta, afirmou que a intenção do projeto é deixar claro que qualquer ameaça de violência, inclusive a psicológica, ou qualquer contato físico entre o criminoso e a vítima, configuraria o crime de roubo, que possui penas mais severas.

Além disso, o projeto aborda a questão da receptação, propondo o aumento da pena para aqueles que recebam ou transportem objetos provenientes de crime. A receptação qualificada, que envolve o uso do bem produto de crime em atividades comerciais ou industriais, também teria sua pena elevada, passando de três a oito anos e multa para seis a quinze anos e multa.

O autor do projeto ressaltou a importância dessa alteração, alegando que o crime de receptação tem o potencial de incentivar o cometimento de outros crimes contra o patrimônio, pois muitas vezes os receptadores são os próprios responsáveis por encomendar os bens furtados ou roubados.

O próximo passo para o PL 1484/23 é a análise pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, seguida pela votação no Plenário da Câmara dos Deputados. Sendo assim, a tramitação do projeto continuará sendo acompanhada de perto pelos órgãos competentes.

Com essas propostas de mudanças no Código Penal, o debate sobre a segurança pública e a punição para crimes relacionados ao patrimônio promete ganhar destaque no cenário político, podendo impactar diretamente na legislação vigente.

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