Projeto de Lei prevê prisão para falsas acusações de violência doméstica: entenda as mudanças propostas na Lei Maria da Penha

Deputados discutem projeto de lei que prevê punição para quem fizer falsas acusações de violência doméstica

O Projeto de Lei 6198/23 está sendo analisado pela Câmara dos Deputados e propõe a punição de até dois anos de prisão para quem fizer falsas acusações de violência doméstica ou familiar contra cônjuge, companheiro ou parente até 4º grau. Além disso, o texto também prevê o aumento da pena em 1/3 nos casos em que a falsa acusação for utilizada para promover chantagem, alienação parental ou danos à imagem.

De acordo com o autor do projeto, o deputado André Fernandes (PL-CE), a proposta tem como objetivo resguardar o sistema judicial de manipulações indevidas. Fernandes destaca que é essencial assegurar que as leis de proteção às vítimas não se tornem alvo de uso impróprio para ganhos pessoais ou maliciosos.

O PL 6198/23, se aprovado, irá alterar a Lei Maria da Penha, que atualmente não prevê punições específicas para quem faz falsas acusações de violência doméstica. O projeto já está em tramitação e será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ir para votação no Plenário.

A discussão em torno do projeto levanta questões importantes sobre a proteção das vítimas de violência doméstica, ao mesmo tempo em que busca evitar que a legislação seja usada de maneira indevida para prejudicar injustamente os acusados. A punição para quem faz falsas acusações também pode servir como um mecanismo de proteção para as vítimas, evitando que questões como chantagem e alienação parental sejam incentivadas por meio de denúncias falsas.

A proposta está em consonância com os esforços para aprimorar as leis relacionadas à violência doméstica e familiar no país, visando garantir a proteção das vítimas e evitar o uso indevido da legislação. A discussão sobre o PL 6198/23 certamente irá gerar debates acalorados e reflexões sobre a melhor forma de lidar com esse delicado e importante tema. A sociedade aguarda com expectativa a decisão dos deputados em relação a esse projeto de lei.

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