Projeto de lei “Parceiro da Escola” gera tensão entre governo do Paraná e professores, resultando em greve e críticas de pré-candidatos em Curitiba.



Em meio a um clima de tensão entre o governo do Paraná e os professores estaduais, a Assembleia Legislativa aprovou em primeiro turno o projeto de lei “Parceiro da Escola”, que tem como objetivo entregar a administração de duzentas escolas da rede estadual para a iniciativa privada. O texto, enviado pelo governador Ratinho Júnior (PSD), recebeu o aval de 40 parlamentares na tarde desta segunda-feira e é a principal motivação por trás da greve que assola o estado.

Mesmo com a liminar expedida pelo Tribunal de Justiça suspendendo a paralisação dos professores, manifestações continuaram acontecendo nesta segunda-feira, dia previsto para a votação do projeto na Assembleia Legislativa. A sessão, marcada para as 14h, foi interrompida após manifestantes invadirem o plenário, levando o presidente Ademar Traiano (PSD) a suspender temporariamente os trabalhos. Somente parlamentares da oposição acompanharam a sessão, que foi retomada de forma remota às 17h.

A Secretaria de Estado da Educação informou que os professores que aderiram à paralisação serão descontados nos contracheques pelos dias sem trabalho. Em coletiva de imprensa, o governador Ratinho Júnior alegou que tem sido alvo de fake news por parte dos sindicatos articuladores da greve, destacando a baixa adesão dos professores e a normalidade das aulas.

A crise entre o governo e os professores também mobilizou o cenário eleitoral em Curitiba, com os pré-candidatos à prefeitura Luciano Ducci (PSB) e Roberto Requião (Mobiliza) utilizando o tema para criticar o adversário, que tem o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD) como nome na disputa. Ducci manifestou ser contra a privatização das escolas públicas do Paraná, enquanto Requião cobrou posicionamento dos concorrentes em relação à questão.

A polêmica em torno do projeto “Parceiro da Escola” promete continuar ecoando tanto no cenário político quanto nas discussões sobre a educação pública no estado do Paraná. A desavença entre governo e professores certamente terá desdobramentos significativos nas próximas semanas.

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