Projeto de lei equipara pessoas com lúpus a pessoas com deficiência, garantindo direitos previstos em lei e criação de cadastro único.



O Projeto de Lei 1456/23, de autoria do deputado Saullo Vianna (União-AM), está sendo analisado pela Câmara dos Deputados e tem como objetivo equiparar pessoas com lúpus à pessoa com deficiência para todos os efeitos legais. O texto propõe que os portadores dessa doença tenham os mesmos direitos garantidos em lei para pessoas com deficiência, como o direito a não discriminação e a atendimento prioritário.

O lúpus é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, em que o próprio organismo ataca órgãos e tecidos. Existem dois tipos de lúpus: o cutâneo, que se manifesta com manchas na pele exposta à luz solar, e o sistêmico, que afeta um ou mais órgãos internos. Embora não tenha cura, o lúpus é tratável e requer acompanhamento médico especializado.

Segundo o deputado Saullo Vianna, o tratamento do lúpus deve ser realizado por um reumatologista e quanto mais cedo for iniciado, melhor para evitar complicações. Ele ressalta que os cuidados variam de acordo com a gravidade das manifestações, mas a maioria dos pacientes utiliza medicamentos fortes, incluindo imunossupressores via endovenosa.

Além da equiparação das pessoas com lúpus às pessoas com deficiência, o projeto também prevê a criação de um cadastro nacional único dos portadores da doença. Esse cadastro deve conter informações sobre a condição de saúde e necessidades assistenciais dos pacientes, além de dados relacionados ao acompanhamento clínico, assistencial e laboral. O objetivo é garantir mecanismos de proteção social e facilitar o acesso a tratamentos e serviços adequados.

O projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, de Saúde, de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Essa análise seguirá o rito de tramitação, onde as comissões designadas para avaliar o projeto votam sobre o seu mérito, dispensando a deliberação do Plenário. No entanto, o projeto perde o caráter conclusivo se houver divergência entre as comissões ou se houver um recurso assinado por 52 deputados para que a matéria seja apreciada no Plenário.

A equiparação das pessoas com lúpus às pessoas com deficiência é um passo importante para garantir a proteção e a inclusão desses indivíduos na sociedade. Com a aprovação desse projeto, espera-se promover a conscientização sobre o lúpus e assegurar que seus portadores tenham acesso aos direitos e benefícios já garantidos por lei às pessoas com deficiência.

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