Projeto de lei de financiamento para transição energética ganha apoio de Fernando Haddad e avança na Câmara.



O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou simpatia pelo projeto de lei que busca formas de financiamento para projetos ligados à transição energética. A proposta, criada pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania), tem como objetivo ser aprovada na Câmara antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28) em Dubai, prevista para ocorrer em dezembro.

Segundo Jardim, o texto contempla a criação do Programa de Aceleração da Transição Energética (PATEN), que estabelece a implementação de um “fundo verde” gerenciado pelo BNDES, além de uma modalidade de transação tributária condicionada ao investimento em propostas relacionadas à transição energética. O deputado se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para apresentar a proposta e recebeu apoio do mesmo.

O objetivo do projeto é transformar os créditos e débitos da União em instrumentos de apoio a projetos sustentáveis. A proposta contempla dois instrumentos principais: o “fundo verde” administrado pelo BNDES e a transação tributária condicionada ao investimento em propostas de transição energética.

De acordo com Jardim, o intuito é utilizar os créditos que as empresas têm a receber da União como garantia para empréstimos destinados a projetos de economia verde, como produção de hidrogênio verde, energias eólica, solar e de biomassa. Essa medida permitiria taxas de juros mais baixas para os programas sustentáveis.

O fundo proposto pelo projeto de lei seria composto por precatórios e créditos tributários que as pessoas jurídicas possuem com a União. Dessa forma, não seria necessário aporte de recursos públicos. Os credores receberiam cotas do fundo, garantindo assim a concretização dos empréstimos para os projetos sustentáveis.

Além disso, a proposta também prevê a modalidade de transição tributária, na qual a redução de juros e multas estaria condicionada ao investimento em projetos sustentáveis. O valor das parcelas do saldo devedor poderia ser calculado com base na receita bruta do empreendimento desenvolvido.

O projeto justifica a concessão de descontos sobre o valor discutido, argumentando que a baixa eficiência na cobrança de créditos tributários litigiosos traria benefícios tanto para o incentivo ao investimento em infraestrutura quanto para a mudança da matriz energética do país em direção a uma mais sustentável.

Com a simpatia do ministro da Fazenda e o apoio do presidente da Câmara, espera-se que o projeto de lei avance nos próximos dias e seja aprovado antes da COP 28 em Dubai. A iniciativa busca impulsionar a transição energética no país, promovendo o desenvolvimento sustentável e contribuindo para o combate às mudanças climáticas.

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