Atualmente, o IPCA está em 4,76% no acumulado de 12 meses até outubro, um valor acima do teto da meta estabelecida. Em outubro, a inflação cresceu 0,56%, impulsionada principalmente pelos aumentos nos preços da energia elétrica (4,74%) e das carnes (5,81%).
A meta da inflação para 2024, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3%, com uma variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 4,5% e 1,5%. Caso o governo descumpra essa meta, o Banco Central precisa publicar uma carta explicando os motivos do desvio, as providências tomadas para garantir o retorno aos limites estabelecidos e estimar o prazo para esse retorno.
Um dos principais fatores que contribuíram para o aumento da inflação nos últimos meses foi a alta nos preços da energia elétrica, devido ao acionamento das bandeiras tarifárias vermelhas, que encareceram as contas de luz. Além disso, o preço dos alimentos também está impactando a inflação, com destaque para o aumento nos preços das carnes.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o preço da energia elétrica residencial teve um crescimento de 4,74% em outubro, sendo o item que mais pressionou a inflação no mês passado. Os cortes de carne que mais aumentaram de preço entre setembro e outubro foram acém, costela, peito, patinho, músculo, entre outros.
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda espera que a bandeira tarifária verde seja acionada em dezembro, o que pode contribuir para a redução da inflação no final do ano. No entanto, o aumento dos preços das carnes e de outros alimentos ainda representa um risco para a projeção da inflação para este e o próximo ano. A expectativa é que, a partir de novembro, a inflação acumulada em 12 meses comece a cair novamente, especialmente devido às mudanças nas bandeiras tarifárias de energia elétrica.