Proibição de contratações e ameaça de rebaixamento: entenda a crise financeira do Lyon e como isso pode impactar o Botafogo.

O Lyon, clube francês sob propriedade de John Textor, enfrenta uma crise financeira que tem levado a medidas drásticas por parte das autoridades do futebol na França. Na última sexta-feira, a Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (LFP) determinou que o clube estaria proibido de contratar na próxima janela de transferências de inverno. Além disso, há a ameaça de rebaixamento ao final da temporada do Campeonato Francês, caso a situação econômica não seja revertida.

Essa decisão veio após a divulgação do déficit da Eagle Holding, empresa que detém os clubes de Textor, que chegou a 25,7 milhões de euros (R$ 157 milhões) ao término da temporada 2023/2024. A dívida total da rede multiclubes alcança a cifra de 500 milhões de euros (R$ 3 bilhões), segundo a imprensa francesa. Como medida de segurança, a DNCG exigiu uma garantia financeira de pelo menos 100 milhões de euros até o final da temporada europeia, uma exigência que até o momento não foi atendida pelo proprietário norte-americano, conforme a reunião e decisão tomadas na última sexta.

Essa situação delicada do Lyon pode ter reflexos no Botafogo, clube brasileiro que também faz parte da rede multiclubes de Textor. Com a necessidade de sustentabilidade financeira, é possível que o Lyon se veja obrigado a vender jogadores do Botafogo para levantar fundos. Atletas como Igor Jesus, Luiz Henrique e Thiago Almada estão na mira de clubes estrangeiros, e suas possíveis transferências podem contribuir para a recuperação financeira do Lyon.

Além das vendas de jogadores do Botafogo, Textor também busca outras fontes de receita, como a venda de suas ações no Crystal Palace, clube da Inglaterra. A venda de jogadores do Lyon, como Rayan Cherki e Malick Fofana, e até mesmo do estádio Groupama Stadium, que está sob controle total do clube, são outras medidas que estão sendo consideradas para superar a crise financeira.

Outro plano em curso é a recapitalização da Eagle Football, que visa levantar US$ 1,1 bilhão (R$ 6,3 bilhões) ao entrar na Bola de Valores de Nova York. Essas iniciativas, somadas à possibilidade de vendas de jogadores e ativos do Lyon e do Crystal Palace, refletem a busca do grupo de Textor por soluções para contornar a crise financeira e garantir a sustentabilidade de suas operações. A situação permanece em constante evolução, e a administração do Lyon e de seus clubes afiliados terá que tomar decisões difíceis nos próximos meses para evitar consequências mais graves.

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