O trabalho dos médicos do Mais Médicos nas comunidades contribuiu para evitar internações relacionadas a doenças como diabetes, hipertensão, obesidade e infartos. A pesquisadora da UnB, Leonor Santos, explicou que houve um impacto significativo na redução de internações em comparação com municípios que não aderiram ao programa. Isso resultou em uma melhora na qualidade de vida da população e na continuidade de suas atividades cotidianas.
Além disso, a pesquisa apontou uma redução na taxa de mortalidade infantil em municípios com índices elevados antes do início do programa. A satisfação da população com o atendimento dos médicos também foi avaliada, com relatos positivos de pacientes, como o servidor público Jacques Silva, que recebeu atendimento de médicos do Mais Médicos na Paraíba.
A pesquisa também destacou que a saída de mais de 8 mil médicos cubanos do programa, em 2018, teve um impacto negativo na assistência à população. Isso incluiu a alocação de 30% dos profissionais do Mais Médicos em localidades não prioritárias e a substituição indevida de 57% dos médicos contratados pelas prefeituras por profissionais do programa.
Com a substituição do Mais Médicos pelo programa Médicos pelo Brasil no governo anterior, o escopo de atuação do programa foi reduzido. No entanto, em 2023, o governo federal relançou o Mais Médicos, que hoje conta com a atuação de mais de 28 mil profissionais em todo o país. A pesquisa da UnB evidencia o impacto positivo do programa na saúde da população e destaca a importância de garantir o acesso contínuo a serviços médicos de qualidade nas comunidades mais necessitadas.