Programa de Merenda Escolar Brasileiro se Destaca como Referência Global na Luta Contra Fome durante Cúpula do G20

Na última sexta-feira, durante a Cúpula Social do G20, uma série de iniciativas focadas na erradicação da fome e da pobreza foi anunciada. Dentre elas, destacou-se o impacto do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Bolsa Família, ambos do Brasil, que serviram como referência para políticas públicas em várias nações.

Essas iniciativas, chamadas de “sprints”, demonstram a disposição dos países participantes em adotar medidas efetivas antes dos acordos que serão formalizados durante a cúpula de chefes de Estado, programada para os dias 18 e 19 de novembro. O embaixador Renato Godinho, representante do Ministério do Desenvolvimento, e Saulo Ceolin, do Ministério das Relações Exteriores, enfatizaram a relevância da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que representa o maior esforço colaborativo já registrado para enfrentar esses problemas por meio de políticas públicas.

Durante a coletiva de imprensa, ambos os embaixadores salientaram que as iniciativas se concentram em áreas prioritárias: transferência de renda, alimentação escolar, inclusão socioeconômica, apoios à primeira infância, incentivo à agricultura familiar e acesso à água potável para comunidades vulneráveis. Segundo Ceolin, essa aliança é promovida como uma abordagem que “traz soluções do Sul para o Sul”, refletindo uma mudança na forma como as políticas são implementadas, evitando a imposição de soluções por países desenvolvidos.

O Brasil, segundo Godinho, figura como um exemplo significativo em políticas contra fome e pobreza, com programas que são considerados modelos por nações do Sul Global. Um exemplo recente é a Indonésia, que anunciou o Makan Bergizi Gratis, um programa inspirado no PNAE, que visa fornecer refeições nutritivas para gestantes e crianças até 2029, beneficiando até 82,9 milhões de pessoas.

Outras nações, como Benin, Filipinas, Honduras, Nigéria e Quênia, também estão seguindo o exemplo brasileiro. Para fortalecer essa rede de colaboração, o Brasil firmou parcerias com a FAO e outras instituições para avaliar e aprimorar programas de alimentação escolar até 2027.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, complementou que esta é apenas a fase inicial de um projeto ambicioso, com expectativa de expansão e inclusão de mais países e parceiros no combate à fome e à pobreza. O empenho conjunto visa criar uma estrutura sólida para apoiar as iniciativas de desenvolvimento social por meio de uma colaboração contínua entre os países em desenvolvimento.

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