Formado em Geografia e Direito pela Universidade Federal de Alagoas, o professor havia estabelecido uma comunicação com o jovem através do aplicativo Grindr, um serviço voltado para adultos. De acordo com informações das autoridades, ele empregou táticas enganosas para persuadir a criança a sair de casa, inclusive se apresentando como o pai do adolescente. Para isso, utilizou um veículo similar ao da família, aumentando sua credibilidade.
Os acontecimentos tomaram um rumo trágico quando a mãe do adolescente começou a notar alterações no comportamento do filho e, ao revisar o celular dele, encontrou as mensagens do professor. No dia do suposto abuso, enquanto a mãe estava numa consulta médica, o porteiro do condomínio informou que o menor havia deixado o local acompanhando um homem com características que correspondem ao suspeito.
Imagens de câmeras de segurança confirmaram a abordagem do homem na portaria do prédio. Após retornar, o adolescente relatou à mãe o ato de violência que havia sofrido, levando imediatamente a família a registrar a ocorrência policial. O homem foi detido na última segunda-feira, no bairro do Tabuleiro do Martins, e nega as acusações. As investigações continuam em curso, com a delegada Talita Aquino aferindo todos os detalhes do caso.
Apesar do histórico criminal e das denúncias anteriores, o professor estava ativo no setor educacional, ministrando aulas em várias instituições de ensino, tanto particulares quanto públicas. O caso expõe uma preocupante falha no sistema de proteção e monitoramento de profissionais da educação, levantando questões sobre a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes em ambientes escolares. A sociedade clama por medidas mais eficazes para prevenir situações como esta e garantir a proteção dos mais vulneráveis.