O professor também contestou um artigo publicado pelo Vaticano, que aponta a Amazônia como responsável pela distribuição das chuvas no continente. Segundo Molion, não há base científica para essa afirmação, pois não há umidade vinda da Amazônia. Ele reforçou que a floresta está em equilíbrio e a umidade vem do Oceano Atlântico.
Durante sua apresentação, Molion destacou que fenômenos meteorológicos, como o El Niño, são os principais causadores das variações climáticas intensas, como secas no Nordeste e Sudeste do Brasil, que ocorrem historicamente.
Em relação ao desmatamento na Amazônia, o professor ressaltou que o problema já foi mais grave no passado. Ele citou dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que indicaram um desmatamento de 30 mil quilômetros quadrados em 1995 e de mais 25 mil quilômetros entre 2003 e 2004. Atualmente, o desmatamento está em torno de 10 mil quilômetros quadrados. Molion afirmou que seria impossível chegar a um ponto sem volta na destruição da floresta, uma vez que o bioma amazônico possui 5,5 milhões de quilômetros quadrados de floresta, e a regeneração ocorre rapidamente.
O professor também criticou o mercado de carbono, classificando-o como “uma solução para um problema que não existe”. Molion destacou que a mídia não dá a mesma atenção ao desmatamento em países como Canadá, Rússia e Noruega.
O presidente da CPI das ONGs, senador Plínio Valério (PSDB-AM), elogiou a palestra de Molion e condenou a “hipocrisia global” em relação ao Brasil. Para ele, o professor deu uma aula aos brasileiros, mostrando a realidade sobre a influência da Amazônia no clima.
O relator da CPI, Marcio Bittar (União-AC), afirmou que as ONGs financiadas por países como Inglaterra e Estados Unidos exercem uma forma de dominação política e econômica, controlando financiamentos e pressionando países a criar e ampliar reservas ambientais. Bittar destacou que essas ONGs não passam por eleição nem por fiscalização dos tribunais de contas e do Ministério Público.
O senador Mauro Carvalho Junior (União-MT) destacou que as ONGs escondem interesses comerciais por trás de narrativas sobre preocupação ambiental, interferindo na vida de todos os cidadãos brasileiros e do planeta.
A CPI das ONGs segue com seus trabalhos investigativos, trazendo diferentes perspectivas sobre a Amazônia e seu impacto no clima e no meio ambiente.