Durante o processo investigativo, as autoridades descobriram pendências tributárias relevantes, criando suspeitas sobre sonegação fiscal por parte da produtora. O acordo, que foi homologado em tese para reparar danos financeiros, tem como condição essencial o pagamento dos débitos fiscais, o que resultou na extinção da punibilidade para os empresários. A Receita Federal e a Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo também participaram ativamente desse pacto.
O encontro que selou a formalização do acordo não se limitou a questões financeiras. O prefeito Ricardo Nunes recebeu representantes da GR6 na mesma data em que a transação foi oficializada. Entre os presentes estavam o secretário municipal de Cultura e Economia Criativa, Totó Parente, e o popular funkeiro MC Livinho, além do proprietário da GR6, Rodrigo Oliveira. Durante a reunião, foram discutidos planos voltados para a inclusão e desenvolvimento social.
Rodrigo Oliveira utilizou suas redes sociais para compartilhar os detalhes do encontro, revelando que um projeto ambicioso está em andamento, voltado para as comunidades. Há uma promessa de palestras e oportunidades de capacitação, com a primeira ação programada para ser realizada em Heliópolis, na zona sul da capital, em 28 de junho. A proposta é preparar profissionais que atuem fora dos holofotes, mas que são essenciais na produção musical.
Por meio de uma nota enviada à imprensa, a Secretaria Municipal da Fazenda confirmou a participação no acordo e a relevância das contribuições financeiras que resultaram da negociação, enfatizando a importância de regularizar débitos e fortalecer a conformidade fiscal.
Esse episódio ilustra não apenas a complexidade da relação entre o setor musical e as autoridades, mas também o potencial de transformação social que parcerias dessa natureza podem trazer, promovendo oportunidades em comunidades carentes e reconhecendo a música como uma via de inclusão e desenvolvimento.