Produção de urânio enriquecido sobe no Irã, elevando temores sobre armas nucleares, alerta AIEA em relatório recente.



A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou um relatório preocupante nesta quarta-feira, 26, revelando que o Irã aumentou significativamente seu estoque de urânio enriquecido em até 60%. De acordo com o documento, datado de 8 de fevereiro, o país possuía 274,8 quilos desse material altamente enriquecido, o que representa um acréscimo de 92,5 quilos em relação ao último relatório emitido em novembro, quando o estoque era de 182,3 quilos.

Esse aumento na produção de urânio enriquecido pelo Irã ocorre em um momento de crescente tensão entre Teerã e Washington, especialmente após a eleição do presidente dos EUA, Donald Trump. A AIEA expressou grande preocupação com a situação, uma vez que o Irã é o único Estado sem armas nucleares a produzir esse tipo de material nuclear, que é quase adequado para a fabricação de armas atômicas.

Segundo o relatório, cerca de 42 quilos de urânio enriquecido a 60% seriam teoricamente suficientes para a produção de uma bomba atômica, caso fossem enriquecidos ainda mais para 90%. Esse cenário é alarmante, levando em consideração a instabilidade política e as tensões no Oriente Médio.

A comunidade internacional segue atenta às atividades nucleares do Irã, com a AIEA desempenhando um papel fundamental na fiscalização e monitoramento dessas atividades. A produção e estoque crescentes de urânio enriquecido pelo país levantam preocupações quanto às intenções e capacidades nucleares do Irã, o que pode gerar novas tensões geopolíticas na região.

Diante desse panorama, é essencial que haja um diálogo diplomático eficaz entre as partes envolvidas para evitar uma escalada de conflitos e garantir a segurança e estabilidade na região. A questão nuclear iraniana permanece como um ponto sensível nas relações internacionais, demandando ações concretas e comprometimento de todas as partes para prevenir cenários indesejados.

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