Em agosto, os mesmos países haviam registrado uma produção superior, de 34,56 mb/d. Essa diferença e a superação das cotas têm sido motivo de atenção e debate entre analistas do setor. O relatório destaca que, apesar das limitações acordadas, os 18 países-membros da OPEP+ ainda produziram em média 720 mil barris/dia acima das metas implícitas, o que inclui ajustes voluntários por nações como Iraque, Rússia e Cazaquistão.
Em particular, acredita-se que a Rússia tenha mantido sua produção no nível de 9,11 mb/d em setembro, ultrapassando, portanto, a meta estabelecida, que era de cerca de 8,98 mb/d. A estabilidade nas operações petrolíferas russas, conforme relatado, contrasta com as variações nas exportações, que, apesar de aumentarem em 500 mil barris/dia para 7,5 mb/d, resultaram em uma queda das receitas em aproximadamente 880 milhões de dólares, o que representa cerca de 4,9 bilhões de reais.
De forma geral, a AIE manteve suas previsões para a produção global de petróleo em 2024, estimando um aumento de 0,66 mb/d e um total projetado de 102,9 mb/d. Essa projeção está sujeita, no entanto, a interrupções imprevistas que possam impactar a cadeia produtiva. O contexto atual ressalta a dinâmica complexa que envolve os países exportadores de petróleo, suas metas, e as pressões econômicas que enfrentam no cenário internacional. A capacidade de adaptação e resposta a essas pressões será crucial nos próximos meses.