Procuradoria Sul-Coreana Indicia Ex-Presidente Yoon Suk Yeol por Insurreição e Abuso de Poder em Caso Histórico na Política do País

A Procuradoria da Coreia do Sul anunciou a formalização de denúncias contra Yoon Suk Yeol, o presidente destituído do país, por supostos atos de insurreição relacionados à sua tentativa de impor um estado de emergência no passado mês de dezembro. Esta decisão marca um momento histórico, uma vez que Yoon se torna o primeiro presidente sul-coreano a ser acusado enquanto se encontra sob detenção.

As acusações apontam que Yoon, em conluio com o ex-ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, e outras figuras importantes, teria agido de maneira inconstitucional ao declarar o estado de emergência, mesmo sem qualquer justificativa clara, como guerra, conflito armado ou outra crise significativa. Os promotores alegam que essa declaração foi uma tentativa deliberada de incitar uma insurreição no dia 3 de dezembro e que Yoon teria ordenado o envio de tropas ao Parlamento para dificultar a votação contrária à sua decisão de instaurar a lei marcial.

Além do processo criminal, Yoon também enfrenta um julgamento político, o que só reforça a gravidade da situação. Ele se entregou às autoridades em 14 de janeiro, após esforços temporários falharem devido a um impasse entre as forças policiais e seus apoiadores que se concentraram em sua residência oficial.

Em resposta às acusações, Yoon defendeu suas ações como uma forma legítima de governança estatal. Ele insistiu que a imposição da lei marcial tinha como objetivo alertar o partido de oposição sobre o que considerava abusos de poder legislativo, uma vez que a oposição detém a maioria no parlamento.

Os advogados do presidente e membros do seu partido descreveram os mandados de prisão e as acusações como ilegais, ressaltando a falta de fundamento das alegações feitas pela Procuradoria. Yoon, por sua vez, elogiou os cidadãos que se reuniram em sua defesa e prometeu lutar até o fim contra o que considera uma injustiça. As implicações desse caso são profundas e podem afetar significativamente a dinâmica política da Coreia do Sul nos próximos meses.

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