Procurador venezuelano acusa Lula de forjar acidente para se esquivar de cúpula do BRICS e evitar responsabilidades sobre veto à entrada da Venezuela.



O clima político entre Brasil e Venezuela ganhou mais um capítulo polêmico após declarações feitas pelo procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, que acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter forjado um acidente doméstico para se esquivar de suas responsabilidades durante a cúpula do BRICS, realizada entre os dias 22 e 24 de outubro em Kazan, na Rússia. As declarações de Saab surgem em meio a um contexto já delicado, onde a Venezuela tenta sua entrada no grupo, que foi negada pelo governo brasileiro.

Na semana passada, Lula sofreu um incidente em sua residência, no qual escorregou e caiu, ocasionando uma lesão na cabeça que exigiu sutura e orientações médicas para evitar viagens longas. Apesar do ocorrido, o presidente do Brasil participou da cúpula por videoconferência, o que não impediu Saab de levantar acusações de que o acidente foi uma farsa armada para esconder uma situação constrangedora para Lula, diante da decisão do Brasil de manter o veto à entrada da Venezuela no BRICS.

Saab comentou sobre a suposta manipulação de Lula, mencionando que fontes próximas ao presidente brasileiro afirmam que ele estava em plenas condições de participar do evento. Para Saab, a estratégia de Lula foi uma tentativa de evitar prestar contas a uma situação que poderia expor a fragilidade das relações entre os dois países, especialmente considerando o veto, que foi anunciado no último dia da cúpula e apoiado por outros membros do BRICS.

A Venezuela, sob liderança do presidente Nicolás Maduro, tem enfrentado um cenário complicado em relação a sua credibilidade internacional, especialmente após não ter cumprido compromissos relacionados à apresentação das atas das eleições que confirmaram sua última vitória eleitoral. Essa falta de ação deixou claro para o governo brasileiro e outros aliados que a confiança na Venezuela se quebrou.

Além disso, as declarações do chanceler venezuelano, Yván Gil Pinto, reforçam a indignação de Caracas pela decisão do Brasil, que foi descrita como um “gesto hostil”. A atmosfera de tensão entre os dois países reflete não apenas questões ideológicas, mas também a fragilidade das alianças na América Latina, em um momento em que países buscam reconfigurar suas relações diante de um cenário político e econômico desafiador.

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