Em uma comunicação dirigida ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, o procurador argumentou que as circunstâncias que levaram à decretação da prisão preventiva de Macedo permanecem inalteradas. Ele destacou que a defesa do acusado não apresentou novas evidências que pudessem provocar uma revisão ou revogação da decisão judicial inicial. Gonet reforçou que a custódia cautelar foi fundamentada de maneira adequada, levando em consideração as particularidades do caso.
O procurador apontou ainda que há numerosos elementos de prova que evidenciam o papel central de Macedo em uma “estrutura criminosa armada”, que visa desestabilizar o Estado Democrático de Direito e promover um golpe de Estado. Gonet mencionou que Macedo preparou um artefato explosivo com características semelhantes à dinamite, que foi colocado em um caminhão-tanque abastecido com querosene de aviação. Essa ação não apenas colocou em risco várias vidas, incluindo a do motorista do caminhão que, na ocasião, dormia no veículo, mas também buscou gerar pânico social e atenção midiática para fins antidemocráticos.
Ademais, o procurador lembrou que, um dia após a localização do dispositivo explosivo, Wellington Macedo teria rompido a tornozeleira eletrônica que utilizava como medida cautelar. Este ato, segundo Gonet, evidencia ainda mais a gravidade da conduta do acusado e substancia a necessidade da manutenção da prisão preventiva. A avaliação de Gonet se alinha com a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, que já havia condenado Macedo a seis anos de prisão por expor vidas e integridade física ao perigo, além de provocar incêndio em material inflamável.
Esses eventos complexos colocam em evidência os desafios enfrentados pelas autoridades na manutenção da segurança pública e na proteção do Estado democrático, frequentemente ameaçado por indivíduos dispostos a sacrificar a ordem em nome de ideais extremistas.