Gonet Branco, em sua manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), fundamentou sua decisão no artigo 311 do Código de Processo Penal. Segundo este artigo, somente a polícia judiciária ou o Ministério Público têm a prerrogativa de solicitar a prisão preventiva de indivíduos. Essa interpretação normativa levou ao arquivamento do requerimento feito por Farias e Petrone, que assim não foi analisado em seu mérito.
A origem desse pedido de prisão preventiva remonta a uma série de declarações controversas feitas por Eduardo Bolsonaro, que geraram um clima de tensão e divisão entre os parlamentares. A solicitação de investigação e a necessidade de medidas judiciais foram motivadas pelo teor das afirmações de Eduardo, que, de acordo com seus críticos, ultrapassaram os limites do debate político e adentraram o território da irresponsabilidade e da instigação.
Diante desse contexto, a decisão do procurador-geral reafirma a necessidade de seguir os trâmites legais e as competências estabelecidas, protegendo assim os direitos institucionais e as garantias fundamentais que regem o processo legislativo e a atuação dos parlamentares.
O desfecho do caso levanta discussões sobre a utilização das prerrogativas parlamentares e os limites da liberdade de expressão no contexto político brasileiro. Enquanto isso, o deputado Eduardo Bolsonaro continua em seu cargo, não enfrentando as consequências que seus pares esperavam. A análise desse episódio revela não apenas um embate político, mas também a complexidade das relações entre os Poderes e a importância do respeito às normas e procedimentos legais no Brasil.