Procurador-geral da Venezuela solicita mandados de prisão para 13 líderes da oposição acusados de traição à pátria e conspiração.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou hoje a solicitação de mandados de prisão contra 13 líderes da oposição venezuelana, incluindo membros da equipe da candidata presidencial María Corina Machado. Eles são acusados de “traição à pátria” e outros crimes por supostamente tentarem interferir no referendo sobre a anexação do território do Essequibo, realizado no último domingo.

O anúncio inclui opositores no exílio, entre eles o ex-presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó e Julio Borges, ex-presidente da Assembleia Nacional. Além disso, mandados de prisão foram solicitados contra o presidente da ONG Súmate, Roberto Abdulos, e os ex-ministros chavistas Andrés Izarra e Rafael Ramírez, informou o portal de notícias independente, Efecto Cocuyo.

De acordo com Saab, os acusados estão envolvidos em atividades desestabilizadoras e conspiratórias contra o referendo não vinculante sobre o território do Essequibo, em disputa com a vizinha Guiana. Ele alega que identificou “financiamentos provenientes da lavagem de ativos de organizações internacionais para conspirar contra o desenvolvimento” da consulta popular.

Além disso, foram mencionados dois cidadãos americanos, identificados como parte dessa suposta trama. Damian Merlo é ex-empresário de telecomunicações e ex-assessor de política externa ligado ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e também do presidente de El Salvador, Nayib Bukele.

O procurador-geral afirmou que as informações são de uma testemunha protegida familiarizada com as conexões nacionais e internacionais mantidas pelas pessoas mencionadas.

María Corina, candidata da ala mais radical da oposição, venceu as primárias com 93% dos votos, apesar de estar inabilitada politicamente por 15 anos e de a Justiça ter invalidado o processo posteriormente, contestando os números supostamente “inflados” de sua vitória. Ela também descartou, nesta quarta-feira, recorrer da inabilitação, embora tenha esclarecido que está avaliando a opção “dia após dia”.

Negociadores do presidente e da oposição anunciaram uma via para que líderes inabilitados que buscam concorrer nas eleições do próximo ano possam solicitar ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) a revisão dessas sanções.

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