De acordo com o comunicado emitido pelo gabinete de Khan, Min Aung Hlaing é acusado de deportação e perseguição dos Rohingya, uma minoria muçulmana que sofreu intensa repressão no norte de Mianmar. O líder militar, que ocupa o cargo de presidente interino do país, se encontra sob escrutínio da justiça internacional por sua suposta responsabilidade nos referidos crimes.
O pedido de prisão contra Min Aung Hlaing agora será avaliado por juízes em Haia, Holanda, sede do TPI. O procurador Karim Khan afirmou, em declaração oficial, que após uma investigação aprofundada e imparcial, seu gabinete encontrou motivos razoáveis para acreditar na participação do general birmanês nos crimes de deportação e perseguição dos Rohingya.
Além disso, Min Aung Hlaing é o atual presidente de Mianmar, tendo liderado a junta militar que promoveu um golpe de Estado em 2021, interrompendo o processo de transição democrática que vinha sendo construído no país. A alegação dos militares para o golpe foi a suposta fraude eleitoral durante a votação que elegeu o então presidente Win Myunt.
Apesar da promessa da junta militar de realizar novas eleições em um ano, as eleições ainda não foram organizadas, levando a um cenário de instabilidade política em Mianmar. A situação do país é acompanhada de perto pela comunidade internacional, que agora aguarda a decisão dos juízes em relação ao pedido de prisão contra Min Aung Hlaing.