Procurador do TPI solicita prisão de líder militar de Mianmar por crimes contra os Rohingya: Min Aung Hlaing é acusado de deportação e perseguição.

O líder do regime militar em Mianmar, Min Aung Hlaing, está enfrentando um pedido de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por acusações de crimes contra a humanidade. O procurador do TPI, Karim Khan, solicitou a prisão do general birmanês com base em investigações que remontam a 2019, relacionadas a crimes ocorridos entre 2016 e 2017.

De acordo com o comunicado emitido pelo gabinete de Khan, Min Aung Hlaing é acusado de deportação e perseguição dos Rohingya, uma minoria muçulmana que sofreu intensa repressão no norte de Mianmar. O líder militar, que ocupa o cargo de presidente interino do país, se encontra sob escrutínio da justiça internacional por sua suposta responsabilidade nos referidos crimes.

O pedido de prisão contra Min Aung Hlaing agora será avaliado por juízes em Haia, Holanda, sede do TPI. O procurador Karim Khan afirmou, em declaração oficial, que após uma investigação aprofundada e imparcial, seu gabinete encontrou motivos razoáveis para acreditar na participação do general birmanês nos crimes de deportação e perseguição dos Rohingya.

Além disso, Min Aung Hlaing é o atual presidente de Mianmar, tendo liderado a junta militar que promoveu um golpe de Estado em 2021, interrompendo o processo de transição democrática que vinha sendo construído no país. A alegação dos militares para o golpe foi a suposta fraude eleitoral durante a votação que elegeu o então presidente Win Myunt.

Apesar da promessa da junta militar de realizar novas eleições em um ano, as eleições ainda não foram organizadas, levando a um cenário de instabilidade política em Mianmar. A situação do país é acompanhada de perto pela comunidade internacional, que agora aguarda a decisão dos juízes em relação ao pedido de prisão contra Min Aung Hlaing.

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