Segundo as informações levantadas, João Paulo teria dopado os filhos, de 5 e 9 anos, com Rivotril antes de tentar assassinar a ex-companheira. O agressor, que já era monitorado com tornozeleira eletrônica, removeu o equipamento antes de cometer o crime. Após a tentativa de feminicídio, ele foi capturado pela Polícia Militar do Distrito Federal quando tentava fugir do local.
Durante o trajeto até a delegacia, João Paulo relatou com frieza que havia dopado os filhos para que eles não presenciassem a morte da mãe. O caso ganhou destaque também pelo fato de a vítima ser órfã de pai e mãe, contando apenas com a ajuda de sua única irmã, que veio do Maranhão para auxiliar nos cuidados com ela e as crianças.
Uma vizinha da vítima, Lucinete Mourão, de 61 anos, relatou a dinâmica do crime. Segundo ela, o agressor teria dopado as crianças e trocado o cadeado da residência enquanto a mulher estava fora. Ao tentar entrar em casa e se deparar com os filhos desacordados, a vítima foi atacada e esfaqueada diversas vezes.
A ação policial que resultou na prisão do agressor foi filmada e mostrou a abordagem dos policiais, que encontraram João Paulo sem sapatos e com roupas manchadas de sangue. Ele confessou a autoria do crime e revelou que teria decidido invadir a casa da ex-companheira após descobrir uma suposta traição. Após o crime, ele fugiu em direção a uma barbearia, onde pediu um transporte por aplicativo para a casa da mãe, sendo capturado posteriormente pela PMDF.
O caso chocou a comunidade local e levantou debates sobre a necessidade de mais medidas de proteção às vítimas de violência doméstica. A prisão preventiva de João Paulo representa um passo importante na busca por justiça e segurança para a mulher agredida e seus filhos.