O levantamento foi realizado entre os dias 11 e 12 de outubro, abrangendo 2.002 pessoas em 113 municípios. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, tanto para mais quanto para menos. Os números demonstram um claro posicionamento da população em relação ao caso, em meio a um contexto de intensos debates políticos e judiciais.
Entre os participantes da pesquisa, 42% se opõem à prisão domiciliar de Bolsonaro, enquanto uma pequena parcela, de 4%, não soube opinar e 3% demonstraram indiferença. A maioria dos entrevistados (87%) está ciente da situação legal do ex-presidente, com 30% afirmando estar bem informados, 42% se considerando parcialmente informados e 15% relataram ter pouca informação sobre o assunto.
Quanto à percepção sobre a atuação do Judiciário e do ministro Moraes, 53% dos respondentes refutaram a ideia de que há uma perseguição política contra Bolsonaro. Apenas 39% concordaram com essa visão. Ao serem questionados se o ex-presidente é tratado de forma diferente por parte da Justiça em comparação com outros políticos, 43% dos participantes acreditaram que a abordagem foi mais severa, enquanto 37% acham que a avaliação é equivalente e 13% consideram que ele é tratado de forma mais favorável.
Bolsonaro, que nega todas as acusações e afirma ser alvo de uma perseguição política, recebeu apoio de figuras internacionais, como o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Este, por sua vez, criticou a decisão e impôs tarifas ao Brasil, destacando a polarização que o caso traz para o cenário político internacional.
Os dados da pesquisa também revelam diferenças significativas entre grupos demográficos. Por exemplo, 60% dos jovens entre 16 e 24 anos manifestaram apoio à prisão de Bolsonaro, enquanto uma maior resistência a essa medida foi registrada no Sul do Brasil, onde 51% dos entrevistados a consideram injusta. A análise desses resultados poderá contribuir para uma compreensão mais profunda do panorama político e social vigente no país.