A metanfetamina, conhecida como um produto do chemsex ou “sexo químico”, vem se popularizando entre os usuários que buscam intensificar suas experiências sexuais com o uso de drogas. Portanto, os principais alvos dos traficantes são aqueles que passam o dia em hotéis, intercalando atividades sexuais e o consumo da substância entorpecente.
O desdobramento da investigação revelou que Pikang Dong foi detido com 400g de metanfetamina e a chave de um veículo Mercedes que não pertencia a ele. Na ocasião, a polícia prendeu outras seis pessoas, incluindo três chineses, que estavam envolvidas no esquema criminoso. Todos os envolvidos, incluindo Dong, foram condenados a nove anos de prisão, e ainda cabe recurso.
Uma reviravolta no caso aconteceu quando um chinês denunciou o quartel-general da droga à Polícia Civil. Ele havia vindo ao Brasil atraído por uma oferta de emprego, mas acabou descobrindo que seria obrigado a trabalhar no delivery de tráfico de drogas. As conversas no celular de Dong expuseram tratativas com traficantes mexicanos e nigerianos, além de revelar intrigas e até mesmo brigas entre os criminosos.
Alguns dos envolvidos no esquema receberam apelidos que são referências diretas à série investigativa internacionalmente aclamada, Breaking Bad. A operação realizada pela Polícia Civil de São Paulo foi batizada de “Heisenberg”, em homenagem ao apelido do personagem principal, Walter White, um professor de química que se torna um renomado líder do tráfico de metanfetamina no Novo México.
Diante de todo o desenrolar do caso, fica evidente a importância do trabalho das autoridades no combate ao tráfico de drogas e à criminalidade em São Paulo, além do impacto que séries televisivas podem exercer na linguagem e narrativa da criminalidade urbana.
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