Prints Revelam Divergências entre Ex-Secretário de Sorocaba e Prefeito Afastado, Suspeito de Corrupção na Operação Copia e Cola

Prints de conversas entre Fausto Bossolo, ex-secretário de Administração de Sorocaba, e sua esposa revelam tensões políticas envolvendo os investigados na Operação Copia e Cola. A operação resultou no afastamento do prefeito Rodrigo Manga, do partido Republicanos, e vem à tona em meio a um contexto de corrupção que conturba a administração local.

Em uma troca de mensagens datada de 5 de outubro de 2022, Fausto comenta sobre uma ligação perdida de Manga e, após a esposa referir-se a ele como “171” — um termo que remete ao crime de estelionato —, faz uma confirmação de concordância. Este diálogo não apenas expõe a relação entre o ex-secretário e o prefeito afastado, mas também indica uma percepção de corrupção e ilegalidade associada à sua figura. “Não estou a fim de saber não. Me faz muito mal”, diz Fausto, demonstrando desconforto com a situação política em que se encontram.

Além de Fausto, o relatório da Polícia Federal também menciona Josivaldo Batista, um pastor que foi preso durante a operação. O pastor, que é cunhado de Manga, foi chamado por Fausto de “demônio” em outra conversa, indicando a dinâmica de desconfiança e intriga no círculo político em questão. As apreensões vão além de ofensas pessoais, pois giram em torno de movimentações financeiras suspeitas que envolvem significativas quantias, como os R$ 863 mil encontrados nas investigações.

Essas revelações indicam um esquema de corrupção mais amplo, que não se limita a um ou dois indivíduos. A apuração da Polícia Federal sugere que as práticas ilegais se estendem a várias contratações feitas na prefeitura, onde foram identificadas irregularidades nos contratos de saúde. A relação da primeira-dama, Sirlange Maganhato, com a investigação também é preocupante, uma vez que, segundo a PF, ela estaria envolvida em uma complexa rede de lavagem de dinheiro.

A situação se torna ainda mais crítica com a possibilidade de que as irregularidades perpetradas por Manga possam ter envolvido também o uso de dinheiro de propina para custear sua viagem à Disney, levanta um amargo questionamento sobre a ética e a responsabilidade no cargo público. Com diversos políticos e empresários sendo investigados, o desdobramento desse caso pode ressoar profundamente nas futuras administrações em Sorocaba e em outras cidades do Brasil.

A Operação Copia e Cola, portanto, não apenas expõe a corrupções subjacentes na gestão de Sorocaba, mas também acende um alerta sobre a necessidade de maior vigilância e responsabilidades nos círculos políticos, que devem ser sempre pautados pela transparência e integridade. O futuro da administração municipal está agora em meio a um turbilhão de incertezas, à espera de um desfecho que traga justiça e restaure a confiança da população nas instituições.

Sair da versão mobile