As relações entre Arábia Saudita e Israel têm sido pauta de negociações para uma possível normalização diplomática, apesar do histórico de tensões entre os dois países. No entanto, as conversas foram interrompidas em outubro de 2023, quando o grupo Hamas invadiu o território israelense. Essa ação provocou um conflito armado na Faixa de Gaza, resultando em uma crise humanitária na região.
O príncipe herdeiro já havia manifestado anteriormente que seu país não reconheceria Israel enquanto um Estado palestino não fosse estabelecido, posição oposta à do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Agora, Mohammed bin Salman reiterou seu repúdio às ações de Israel em Gaza, pedindo à comunidade internacional que impeça novos ataques e respeite a soberania do Irã.
Os comentários do príncipe seguem a mesma linha de declarações feitas pelo ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita no final de outubro, reforçando a rejeição do governo saudita às práticas israelenses na região. Por outro lado, o governo israelense nega as acusações de genocídio e reitera seu direito à defesa e segurança nacional.
É importante ressaltar que tanto Israel quanto a Arábia Saudita estão sob escrutínio internacional, com investigações sobre possíveis violações de direitos humanos. Mohammed bin Salman, em particular, enfrenta acusações de crimes contra a humanidade, incluindo o caso do assassinato de um jornalista crítico ao governo saudita em 2018.
Nesse contexto, as relações diplomáticas na região do Oriente Médio continuam a ser um tema delicado e controverso, com desdobramentos políticos e humanitários profundos. A busca por uma solução pacífica e justa para todos os envolvidos permanece como um desafio constante.