Primeiro-ministro de Portugal alerta para fraqueza da UE sem ratificação do acordo com o Mercosul durante cimeira em São Paulo.



O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, fez um alerta significativo durante sua visita ao Brasil, enfatizando a vulnerabilidade da União Europeia (UE) em caso de não aprovação do acordo de livre-comércio com o Mercosul. Durante o Fórum Brasil-Portugal, realizado em São Paulo, Montenegro argumentou que a rejeição desse acordo pode comprometer não apenas a relevância política do bloco europeu, mas também sua posição econômica no cenário global.

Montenegro classificou o tratado como uma “oportunidade que a Europa precisa agarrar” e sublinhou que a falta de ação nesse sentido seria um sinal de fraqueza e fragilidade por parte da UE. Na visão do primeiro-ministro, se o bloco não demonstrar capacidade de firmar acordos estratégicos como este, estará se colocando em uma posição desvantajosa em relação a outros players globais.

O premier português se apresentou como um defensor fervoroso do acordo no seio do Conselho Europeu, onde a ratificação do tratado enfrenta desafios significativos. Para que o acordo seja validado, é necessário o apoio de pelo menos 15 dos 27 países membros da UE, contabilizando 65% da população do bloco. Essa intricada dinâmica política evidencia a complexidade das negociações e os diferentes interesses em jogo.

Ao seu lado, o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, também destacou a importância do acordo, relembrando que ele é vital não apenas para o Mercosul, mas para a própria Europa em um momento de crescente competição global. Durante a XIV Cimeira Bilateral Brasil-Portugal, realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Alckmin anunciou ainda um investimento significativo, com uma nova tranche de Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD) de US$ 10 bilhões, destinada a impulsionar a indústria nacional brasileira.

Essa movimentação representa um esforço conjunto para estreitar laços econômicos entre os dois países e fortalecer a presença da Europa no mercado sul-americano. A aprovação do acordo com o Mercosul, portanto, se revela não apenas como uma meta econômica, mas como um passo essencial para que a Europa reafirme sua relevância em um mundo cada vez mais multipolar. A expectativa é que as negociações avancem e que o potencial desse acordo possa ser plenamente explorado em prol de um desenvolvimento conjunto.

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