Ao se levantar da mesa de magistrados que contava com a presença de autoridades como o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, os ministros do Supremo Tribunal Federal André Mendonça e Dias Toffoli, e o presidente do Superior Tribunal de Justiça Herman Benjamin, Janja conduziu a cerimônia de condecoração de Araújo, que foi sua madrinha de casamento.
Essa atitude inusitada de Janja não passou despercebida pelos presentes, provocando comentários e desconforto entre outros candidatos que disputavam a vaga de desembargador. A relação de amizade entre Janja e a nova desembargadora levantou questões sobre a imparcialidade e o princípio da impessoalidade em processos seletivos desse tipo.
Além da quebra de protocolo, a primeira-dama cometeu duas gafes em seu discurso ao confundir as funções do ministro Herman Benjamin e ao se referir ao STJ como “Supremo Tribunal de Justiça”. Questionada sobre a situação, a assessoria de Janja não se manifestou até o momento, assim como o TRF-3 não respondeu se a quebra de protocolo foi uma iniciativa da primeira-dama ou do presidente do tribunal.
O gesto de Janja na cerimônia gerou questionamentos sobre a transparência e equidade em processos seletivos para cargos de grande importância como o de desembargador federal. A atitude da primeira-dama e as repercussões desse episódio certamente serão tema de discussões e debates nos próximos dias. O espaço permanece aberto para possíveis manifestações das partes envolvidas.