Apesar da dor intensa pela perda de seu filho, Maria demonstrou certeza de que fez a escolha certa. Relatou que, em meio ao seu sofrimento, pensou na possibilidade de ajudar outras famílias que também enfrentam dificuldades. “Neste momento de dor, que eu preciso mais de apoio, decidi pela doação, pois tenho certeza que estou ajudando muita gente”, destacou Maria, que reside em São José da Coroa Grande, em Pernambuco.
A captação dos órgãos foi realizada de forma cuidadosa e profissional, coordenada pela Central de Transplantes de Alagoas e pela Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO). Com uma equipe qualificada e todos os equipamentos necessários, a equipe médica garantiu que o procedimento ocorresse com segurança e respeito ao corpo do doador.
Maria expressou seu desejo de aliviar o sofrimento de outras pessoas: “Eu sei que, com isso, estou ajudando muita mãe que hoje está desesperada com o filho no leito, precisando de uma ajuda.” Em sua narrativa, ela ressaltou a importância de lembrar que, mesmo em momentos de desespero, é possível oferecer esperança àqueles que aguardam ansiosamente por um transplante.
Em 2024, Alagoas registrou a realização de 171 transplantes, incluindo 140 córneas, 15 fígados, 14 rins e dois corações. No entanto, ainda há 521 pessoas na lista de espera, que aguardam por um órgão. A decisão de Maria José exemplifica a crucificação da doação de órgãos em momentos de dor, ressaltando a compaixão e solidariedade que podem surgir em tempos de adversidade.