PRF aprova agente envolvida em abordagem que resultou em tiro na nuca de Juliana Rangel, ferida gravemente no Rio

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) aprovou uma agente que estava em estágio probatório, mesmo após ela se envolver em uma abordagem policial que resultou em um tiro de fuzil na nuca de Juliana Leite Rangel, de 26 anos, no Rio de Janeiro, na véspera de Natal do ano passado. A vítima ficou gravemente ferida e ainda se recupera da perfuração no crânio.

Camila de Cássia Silva Bueno, de 38 anos, teve seu estágio probatório homologado em 16 de janeiro, garantindo sua estabilidade no serviço público, após ter sido nomeada para o cargo em 27 de dezembro de 2021.

O estágio probatório tem duração de três anos, durante os quais o servidor passa por avaliações periódicas de competências como disciplina, produtividade e responsabilidade. A chefia imediata produz um relatório de desempenho e um parecer sobre o desempenho do subordinado. Caso seja reprovada, a exoneração é uma possibilidade, o que não foi o caso de Camila.

Após admitirem ter disparado contra o veículo da família de Juliana, Camila, Leandro Ramos da Silva e Fábio Pereira Pontes foram afastados de suas funções operacionais e estão exercendo atividades administrativas.

A PRF se recusou a revelar quem era o chefe imediato de Camila durante o estágio probatório e afirmou que o período de avaliação foi concluído antes da ocorrência com Juliana.

Camila e Fábio foram designados como membros da Comissão de Análise de Defesa de Autuação (Cada) da Superintendência da PRF no Rio. A função burocrática envolve avaliar contestações de autos de infrações e penalidades.

Os outros dois agentes envolvidos no caso foram reprovados em cursos da PRF, levantando questionamentos sobre a conduta dos servidores e ações da corporação. Essa situação traz à tona a importância da transparência e da responsabilidade no exercício das funções públicas.

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