Durante a inspeção, os agentes encontraram o pescado armazenado em bandejas com apenas uma camada mínima de gelo, sem qualquer sistema de refrigeração ou isolamento térmico. A situação foi ainda mais alarmante ao se descobrir que um galão de 20 litros de óleo diesel estava junto à carga, gerando a contaminação dos peixes. Essa combinação de fatores levantou sérias preocupações sobre a segurança alimentar, já que o transporte de alimentos em condições impróprias pode resultar em graves consequências à saúde dos consumidores.
O motorista do veículo alegou que o pescado havia sido extraído de uma fazenda em Jatobá, Pernambuco, com o intuito de ser comercializado na feira livre de Santana do Ipanema, em Alagoas. No entanto, ele não possuía a documentação necessária, incluindo licenças de comércio e certificados sanitários, que são obrigatórios para a comercialização de produtos alimentícios. Em resposta à situação, a Vigilância Sanitária Municipal e a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado de Alagoas (ADEAL) foram acionadas e confirmaram a imprópria condição do produto para consumo humano.
Diante da gravidade da situação, todo o pescado foi descartado de forma adequada no aterro sanitário de Olivença, Alagoas. O motorista, junto com o veículo e outros envolvidos, foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Santana do Ipanema. A PRF reforçou a importância de seguir rigorosamente as normas de transporte de alimentos, alertando que a negligência nesse aspecto não só caracteriza crime contra as relações de consumo, mas também impõe um grave risco à saúde da população.
