De acordo com a empresa, a suspensão da venda de novos planos é necessária devido aos surtos de várias doenças e ao aumento significativo da procura por serviços médicos. Com mais de 580 mil beneficiários confiando em sua capacidade de assistência, a Prevent Senior está buscando preservar a excelência no atendimento prestado.
A decisão da operadora de plano de saúde é resultado de um histórico conturbado, que inclui acusações na CPI da Covid. Em novembro de 2021, a Prevent Senior suspendeu a comercialização de seus serviços devido ao uso de pacientes para testar a eficácia de medicamentos como hidroxicloroquina e azitromicina, sem embasamento científico. A investigação, liderada por denúncias de médicos e ex-médicos da empresa, é um reflexo dos desafios éticos enfrentados pelo setor de saúde.
A situação se agravou em fevereiro deste ano, quando o Ministério Público moveu uma ação civil pública contra a Prevent Senior, cobrando uma indenização de R$ 940 milhões por danos morais e sociais causados durante a pandemia da Covid-19. O órgão ressaltou falhas graves da operadora no período entre 2020 e outubro de 2021, aumentando a pressão sobre a reputação da empresa.
Diante desse cenário complexo, a Prevent Senior toma medidas drásticas para garantir a qualidade dos serviços prestados aos seus atuais beneficiários, mas enfrenta desafios significativos para reconquistar a confiança do público e das autoridades reguladoras. A suspensão temporária da venda de novos planos de saúde é uma estratégia emergencial em meio a um contexto de crise e incertezas.
