O projeto chegou ao plenário para discussão em segundo turno, após ser aprovado com pareceres favoráveis das comissões de Constituição e Justiça e de Direitos Humanos e Segurança Pública. Isso destaca a aprovação técnica e o respaldo que a iniciativa recebeu nos estágios iniciais de avaliação.
A essência da proposta é mobilizar a sociedade masculina para ser parte ativa na luta contra a violência de gênero. A rede proposta por Medeiros é um convite para que os homens reflitam e atuem sobre suas atitudes e seus papéis sociais. Focaliza a promoção da conscientização e mobilização dos homens, além de incentivar a busca por soluções alternativas à violência em situações de conflito. Outro ponto crucial mencionado é a ressignificação de valores tradicionais, que perpetuam a dominação masculina e a subordinação feminina, algo entranhado nas estruturas sociais.
Ronaldo Medeiros, ao explicar a motivação por trás do projeto, ressaltou a urgência de políticas preventivas. “Os números crescentes da violência contra a mulher exigem uma resposta mais proativa e eficaz, e esta proposta se insere precisamente nesse contexto. Precisamos dar visibilidade aos homens nas ações em defesa dos direitos das mulheres”, argumentou o deputado. Ele também destacou a importância de alinhar esta iniciativa com orientações internacionais, como a Convenção da ONU sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher, que o Brasil ratificou em 1984. Para Medeiros, a violência contra a mulher é uma das mais cruéis formas de discriminação e deve ser extirpada com políticas que envolvam toda a sociedade, especialmente os homens.
A proposta de Ronaldo Medeiros antecipa um potencial novo capítulo na luta contra a violência de gênero, sinalizando um caminho onde homens e mulheres são aliados em prol de uma convivência mais justa e equitativa.
-
-
-
-
