A questão da dependência brasileira em relação ao sistema de posicionamento global americano foi objeto de uma análise feita pelo geofísico Sérgio Sacani em um vídeo recente. Ele destacou que cerca de 80% da produção de petróleo, 70% da mineração e 75% da agricultura no Brasil estão atreladas ao GPS. Essa realidade coloca o Brasil em uma situação vulnerável, uma vez que a economia nacional depende fortemente de uma tecnologia que está sob controle externo.
Sacani também ressaltou que países como China, Japão, Índia, Rússia e as nações integrantes da União Europeia já desenvolveram seus próprios sistemas de geolocalização, como o GLONASS, o BeiDou e o Galileu. Em contrapartida, o Brasil ainda não possui uma solução autônoma que possa substituir o GPS, o que compromete sua soberania tanto tecnológica quanto estratégica.
Diante desse cenário, a possibilidade de sanções severas, especialmente em setores cruciais da economia, levanta preocupações sobre as repercussões que poderiam ocorrer caso se concretizem as medidas, como o bloqueio ao sistema de geolocalização. Especialistas temem que setores vitais, como o agrícola e o de petróleo, possam experimentar uma crise severa, afetando não apenas a produção, mas também a dinâmica econômica do país.
Com a crescente fragilidade das relações internacionais e a interdependência econômica, o Brasil precisa urgentemente reavaliar sua posição no cenário global, buscando alternativas que garantam sua autonomia e segurança diante de possíveis pressões externas. Em um mundo onde a tecnologia avança rapidamente, a falta de um sistema de geolocalização próprio poderia se tornar um obstáculo significativo para o crescimento e desenvolvimento do país.