Durante a conversa, Almagro destacou que a China se tornou um parceiro comercial fundamental para praticamente todas as nações latino-americanas, figurando como o maior ou o segundo maior destino para suas exportações. Ele enfatizou que cortar essas relações poderia resultar em sérias consequências, comprometendo a estabilidade econômica e o desenvolvimento na região. As implicações de um afastamento econômico de Pequim, segundo o secretário, seriam drásticas, gerando um cenário de recessão e incertezas.
Além disso, vale ressaltar que o governo atual dos EUA, em sua busca por uma política externa mais assertiva, tem incentivado esse distanciamento, alegando preocupações com a segurança nacional e a influência crescente da China no hemisfério ocidental. Essa abordagem, que alguns especialistas consideram arriscada, ficou evidenciada em declarações de autoridades americanas que relacionam as atividades comerciais da China a interesses militares e estratégicos.
Por outro lado, a China respondeu a essas acusações, através de um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, que rejeitou as alegações de que o país estaria buscando expandir sua influência militar na América Latina como uma forma de controle. A afirmação reforça a visão de que os EUA estão utilizando a chamada “teoria da ameaça chinesa” como justificativa para sua política externa, que inclui pressão econômica sobre os vizinhos ao sul de sua fronteira.
Neste contexto, Almagro faz um apelo à cautela, sugerindo que os países da América Latina devem considerar as consequências de se afastar de um dos principais motores de crescimento econômico na atualidade. A delicada balança entre os interesses americanos e uma parceria frutífera com a China permanece como um dos principais desafios enfrentados pela região.









