Presidentes de partido sob suspeita: Antônio de Rueda mencionado em conversa sobre frota de jatinhos que levanta investigações da Polícia Federal em operação Carbono Oculto.

Na cidade de Rio Branco, Acre, um episódio intrigante envolvendo Antônio de Rueda, presidente do União Brasil, tem chamado a atenção das autoridades e da opinião pública. Durante um trajeto de carro, após um almoço político em 2021, aliados relataram que Rueda fez comentários sobre ter uma frota pessoal de jatinhos. Segundo testemunhas, ele mencionou possuir cinco aeronaves e expressou o desejo de aumentar esse número para dez, afirmando que cada uma gerava uma receita de aproximadamente R$ 500 mil mensais por intermédio de operações de táxi aéreo.

O relato, que ganhou notoriedade após a menção de nomes conhecidos como Pedro Valério e Júnior Bozzella, levanta novos questionamentos sobre a propriedade real das aeronaves ligadas à empresa Transportes Aéreos Piracicaba (TAP). Embora Rueda não seja oficialmente listado como proprietário de nenhuma dessas aeronaves, ele se vê no centro de investigações da Polícia Federal que apuram possíveis irregularidades, principalmente em relação à ocultação de patrimônio no âmbito da operação Carbono Oculto.

Apesar das suspeitas e dos indícios que estão sendo levantados, Rueda saiu em defesa de sua reputação. Em declarações à imprensa, ele negou qualquer vínculo com essas aeronaves e disse não ter relação com as pessoas já investigadas. Entretanto, o escândalo parece ganhar corpo, uma vez que a Polícia Federal está em busca de esclarecer se o presidente do União Brasil está utilizando intermediários para gerenciar uma frota de jatinhos que lhe traria lucros significativos, mas que não estão formalmente declarados.

Esse caso lança uma sombra sobre a ética política no Brasil, evidenciando como a opacidade na declaração de bens pode gerar dúvidas sobre a integridade de figuras públicas. A investigação está em andamento e promete trazer mais detalhes, enquanto a sociedade observa atenta a condução desse enredo, que toca em questões de legitimidade, transparência e responsabilidade dos líderes políticos na administração pública.

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