Presidente venezuelano Nicolás Maduro discutirá controvérsia territorial com homólogo da Guiana e buscará cooperação em visita a São Vicente.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, está programado para participar de um encontro importante nesta quinta-feira em São Vicente e Granadinas, onde discutirá a controvérsia territorial com seu homólogo da Guiana, Irfaan Ali. Segundo o chanceler da Venezuela, Yván Gil, possíveis “fórmulas de cooperação em petróleo e gás” também estarão em pauta durante as discussões.

A expectativa para o encontro é grande, conforme destacou o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, enfatizando o desejo de paz, conciliação e trabalho. O encontro, promovido pela Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e pela Comunidade do Caribe (Caricom), é visto como uma oportunidade para amenizar as tensões relacionadas ao Essequibo, um território de 160 mil quilômetros quadrados que é rico em petróleo e recursos naturais.

Em dezembro, o governo de Maduro promoveu um referendo consultivo que aprovou a proposta de criar na região uma província venezuelana, e em resposta, o governo da Guiana levou o caso ao Conselho de Segurança da ONU. Além disso, o aumento das tensões levou os Estados Unidos a realizar exercícios militares na região.

O chanceler Yván Gil ressaltou a importância do diálogo para encerrar a escalada de tensões, e também destacou exemplos passados de cooperação energética, como os acordos do Petrocaribe e os acordos de gás com Trinidad e Tobago, como possíveis modelos para futuros acordos com a Guiana.

No entanto, a situação continua delicada, com a Venezuela reivindicando o Essequibo como parte de seu território, apelando ao acordo de Genebra de 1966, enquanto a Guiana defende um laudo de 1899 e busca sua ratificação pela Corte Internacional de Justiça.

Diante desse cenário, o encontro entre Maduro e Ali em São Vicente e Granadinas surge como uma oportunidade crucial para reverter a atual escalada de tensões e buscar uma solução pacífica para a controvérsia territorial entre os dois países. A esperança é que as discussões resultem em um progresso significativo e possam pavimentar o caminho para uma cooperação mais ampla entre as nações envolvidas.

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