Presidente russo, Vladimir Putin, viajará à China em outubro em meio a disputa com o Ocidente e reforço da oposição liderada pelos EUA.



O presidente da Rússia, Vladimir Putin, revelou em uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, que aceitou o convite do líder chinês, Xi Jinping, para visitar a China em outubro deste ano. Essa visita fortalece ainda mais os laços entre Rússia e China, que têm buscado reforçar a oposição ao bloco liderado pelos Estados Unidos.

Ambos os países têm evitado participar de grandes encontros multilaterais com a presença dos Estados Unidos e seus principais aliados. Após se encontrarem na cúpula do Brics, na África do Sul, e expandirem o bloco incluindo países rivais dos americanos, como o Irã, Putin e Xi decidiram não comparecer ao G20, na Índia, e nem à Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Paralelamente à decisão de não participar do encontro em Nova Délhi, Putin recebeu em seu país o líder norte-coreano, Kim Jong-un. A reunião entre Putin e Kim foi marcada por um discurso forte contra o Ocidente, mostrando uma aliança clara entre Rússia e Coreia do Norte na oposição aos Estados Unidos.

Essa aproximação entre Rússia e China tem levantado preocupações sobre a dependência econômica da Rússia em relação à China. Desde o início da guerra na Ucrânia, analistas têm notado um aumento dessa dependência, uma vez que a China é uma das maiores economias do mundo e não apoia as sanções e embargos impostos pelos Estados Unidos. Antes do início da guerra, Moscou e Pequim anunciaram uma “parceria sem limites” entre os dois países.

Além da cooperação econômica, Rússia e China também têm fortalecido sua cooperação militar. Em agosto deste ano, os dois países realizaram manobras navais conjuntas no Oceano Pacífico.

O anúncio da visita de Putin à China em outubro reforça a estratégia desses dois países em se opor ao bloco liderado pelos Estados Unidos. Com a relação entre Washington e Pequim ficando cada vez mais tensa, especialmente com a guerra comercial em curso, a aproximação entre Rússia e China se torna ainda mais significativa. Resta saber como essa aliança poderá influenciar o equilíbrio de poder no mundo.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo