Durante uma reunião, Putin informou a Troshev que ele estará envolvido na formação de unidades capazes de realizar missões de combate, principalmente na zona da ‘operação militar especial’ na Ucrânia. O presidente ressaltou a experiência de Troshev, conhecido pelo codinome “Sedoi” (grisalho, em russo), para coordenar esse tipo de missão. Segundo o Kremlin, o comandante paramilitar agora trabalha para o Ministério da Defesa.
Os homens do Grupo Wagner, liderados por Prigojin, desempenharam um papel crucial na linha de frente no leste da Ucrânia, especialmente durante a batalha pela cidade de Bakhmut em maio, que resultou no controle russo do território. No entanto, Prigojin liderou um levante paramilitar contra a cúpula da Defesa russa depois de expressar insatisfação com a falta de apoio e envio de munição de Moscou. O motim fracassou e dois meses depois, Prigojin e outros membros da liderança do Wagner morreram em um acidente de avião.
Em agosto, a mídia internacional relatou que Putin havia selecionado Troshev para substituir Prigojin e manter as atividades do Grupo Wagner. Segundo a Reuters, Troshev é um coronel reformado das forças russas e um dos fundadores do grupo. Ele foi um ex-combatente das forças soviéticas no Afeganistão e recebeu medalhas por sua bravura. Ele também lutou no norte do Cáucaso e recebeu a medalha de Herói da Rússia por suas ações na Síria contra o Estado Islâmico.
Canais pró-Wagner no Telegram confirmaram que Troshev é um dos comandantes mais antigos do grupo. Um documento da União Europeia descreve Troshev como “diretor-executivo” e fundador do Wagner, afirmando que ele esteve diretamente envolvido nas operações na Síria e contribuiu significativamente para os esforços de guerra de Bashar al-Assad.
Embora Putin não tenha mencionado a fonte de sua nomeação, as especulações sobre a liderança de Troshev no Grupo Wagner mostram que ele está ganhando destaque dentro do grupo paramilitar e é considerado uma figura confiável pelo presidente russo.
