Durante uma conferência de apoio à Ucrânia em Paris, Macron afirmou que a França fará tudo o que for necessário para impedir a vitória da Rússia na guerra em curso no país ucraniano. Ele destacou que “nem mesmo o envio de tropas ocidentais deve ser excluído”, porém ressaltando que não há consenso entre os governos ocidentais para uma ação desse tipo.
A possibilidade de envolvimento direto de tropas ocidentais na Ucrânia esbarra em questões complexas, como o papel da Otan nesse cenário. Um confronto direto entre forças da Otan e da Rússia poderia desencadear uma escalada perigosa, com riscos de uma guerra total e até mesmo o uso de armas nucleares.
Apesar disso, é importante ressaltar que há presença não oficial de militares de países como os EUA na Ucrânia, prestando consultoria e inspecionando entregas de equipamentos. No entanto, o secretário de Imprensa do Pentágono negou que haja tropas de combate atuando no país.
Além disso, Macron anunciou a formação de uma coalizão internacional para fornecer mísseis de médio e longo alcance aos ucranianos, em uma tentativa de fortalecer a resistência do país. A iniciativa de Petr Fiala, premier da República Tcheca, de unir nações europeias para comprar munições fora do continente e destiná-las a Kiev, também foi mencionada como uma resposta forte à Rússia.
No entanto, um dos desafios do apoio ocidental à Ucrânia é a dificuldade em suprir o país com munições adequadas, enquanto a Rússia consegue reforçar seus arsenais, inclusive com apoio de parceiros como a Coreia do Norte. Essa disparidade tem sido evidente em confrontos recentes, como a batalha pela cidade de Avdiivka.
Diante desse contexto tenso e desafiador, a situação na Ucrânia permanece incerta, com o mundo observando atentamente os desdobramentos e as ações dos países envolvidos no conflito.