Presidente Lula recusa convite para visitar Maceió devido a crise política e ambiental causada pela Braskem.



O Presidente Lula manifestou-se em meio a uma reunião na qual solicitou paz aos políticos de Alagoas, afirmando que “não tem clima” para visitar Maceió enquanto a disputa entre os grupos políticos do senador Renan Calheiros (MDB) e do deputado federal Arthur Lira (PP) persistir. O presidente afirmou isso em resposta ao deputado Paulão (PT), líder da bancada federal, que ressaltou a importância de o Presidente da República ver de perto a situação causada pela Braskem na capital alagoana.

Na reunião, o deputado Paulão apresentou ao Presidente Lula a necessidade de fornecer assistência aos 6 mil pescadores e marisqueiras da Lagoa Mundaú, que agora estão proibidos de trabalhar devido à inundação da mina 18, no Mutange. Ele também destacou a importância de garantir assistência às vítimas do crime ambiental, que perderam suas casas e foram afetadas de forma significativa.

Paulão defendeu a ideia de transformar as áreas atingidas pela Braskem em um parque memorial ecológico, em homenagem às famílias afetadas. Ele alertou o Presidente Lula sobre a possibilidade de a Braskem, no futuro, transformar as áreas atingidas em condomínios de luxo, causando ainda mais prejuízos às famílias desabrigadas.

Além disso, o deputado expressou preocupação em relação às autorizações concedidas para prospecção de minas pela Agência de Mineração Nacional e para perfuração de petróleo pela Petrobrás em áreas próximas aos campos minados da Braskem. Ele pediu ao presidente que cancelasse essas autorizações na Petrobrás.

Após a reunião, o Presidente Lula anunciou que convocará um novo encontro para fortalecer o pacto pela governança e tentar resolver a crise que envolve os atores políticos e instituições alagoanas. Desta vez, a reunião contará com a presença dos dirigentes da Braskem, da bancada federal alagoana, do governador Paulo Dantas (MDB) e do prefeito JHC (PL).

Nesse sentido, a reunião entre o Presidente Lula e os políticos alagoanos foi marcada por discussões acirradas sobre a situação provocada pela Braskem em Maceió, bem como sobre as ações necessárias para lidar com o desastre ambiental e social causado pela empresa na região.

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