A deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP) destacou a importância das palavras e afirmou que a declaração vai na contramão da luta pela inclusão e pelo respeito às pessoas com deficiência. Para ela, é fundamental entender que utilizar equipamentos de acessibilidade não diminui a beleza ou o potencial de uma pessoa.
Também houve reações contrárias por parte de políticos da oposição. O senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) questionou se a repercussão seria a mesma se o autor da declaração fosse seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), que é tetraplégica, classificou a fala de Lula como capacitista e ressaltou que o uso de equipamentos de locomoção não deve ser motivo de vergonha.
Emerson Damasceno, presidente da Comissão de Defesa da Pessoa com Deficiência da OAB-CE, acredita que Lula pode corrigir seus erros através do convívio com pessoas com deficiência. Ele ressalta a importância da convivência para a inclusão e afirma que o uso de andadores ou muletas não deve ser motivo de vergonha.
A crítica ao presidente também partiu do influenciador Ivan Baron, que representa as pessoas com deficiência. Ele ressaltou que é necessário corrigir pensamentos atrasados e busca evolução. Baron afirmou que seria interessante ver Lula utilizando andador ou muletas, pois seria uma demonstração didática de inclusão.
Vale destacar que essa não foi a primeira vez que o presidente fez declarações consideradas capacitistas. Em abril deste ano, durante uma reunião, ele afirmou que pessoas com “deficiência mental” têm “problemas de desequilíbrio de parafuso”. Essa declaração também gerou indignação e críticas.
Após a repercussão negativa, Lula utilizou as redes sociais para se desculpar, afirmando que está em constante aprendizado e busca evoluir. No entanto, o episódio ressalta a importância de uma reflexão sobre a inclusão e o respeito às pessoas com deficiência por parte de todos os indivíduos, inclusive dos líderes políticos.