Em um pronunciamento na última sexta-feira (14/2), Lula declarou que, caso os americanos adotassem quaisquer atitudes prejudiciais ao Brasil, haveria uma resposta enérgica. O ex-presidente afirmou que, se o aço brasileiro fosse taxado, o país iria reagir comercialmente ou recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para denunciar a situação. Além disso, Lula também mencionou a possibilidade de taxar os produtos importados dos EUA em retaliação.
O governo brasileiro, por sua vez, tem adotado uma postura de negociação e diálogo para buscar alternativas que reduzam o impacto das tarifas sobre a indústria nacional. O Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços estão liderando as tratativas com os Estados Unidos.
Uma das propostas em discussão é a implementação de um sistema de cotas de importação, que estabelece limites para o comércio do aço. Caso a cota seja ultrapassada, passaria a incidir uma alíquota de importação sobre o produto. O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a viabilidade dessa medida, enfatizando que as cotas são uma solução inteligente para lidar com o aumento do imposto de importação do aço para os Estados Unidos.
Diante desse cenário de tensão comercial, o Brasil busca soluções diplomáticas para evitar um agravamento no conflito e proteger os interesses da indústria nacional. A resposta de Lula e a postura conciliatória do governo brasileiro evidenciam a complexidade das relações comerciais internacionais e a necessidade de buscar mecanismos de cooperação para contornar as barreiras tarifárias impostas pelos EUA.