Segundo fontes próximas ao presidente, diante do cenário turbulento e da necessidade de aprovar medidas econômicas, Lula pretende intensificar os acenos aos parlamentares e buscar uma maior aproximação com os líderes dos partidos aliados. Aliados também estão tentando convencer Lula a estabelecer encontros com líderes de bancadas dos partidos aliados nas duas Casas legislativas.
As reuniões de segunda-feira no Palácio do Planalto, que até então eram realizadas sem a presença de Lula, agora contarão com a participação do presidente. Os ajustes na articulação política visam a promover discussões mais amplas sobre as votações no Congresso, intensificando as conversas internas e com os parlamentares.
Recentemente, Lula tem utilizado cerimônias de sanções de projetos de lei no Palácio do Planalto como forma de se aproximar dos deputados e senadores. A intenção é permitir um momento de contato mais direto dos parlamentares com o presidente. Lula também planeja iniciar uma série de conversas com as chamadas “bancadas raiz”, como o PT, PSOL e PSB, antes de chamar deputados e senadores de outros partidos aliados.
Embora haja pressão da base aliada e do PT por mudanças na equipe do governo, o Palácio do Planalto trabalha com a possibilidade de fazer alterações apenas no segundo semestre do ano. As mudanças no primeiro escalão do governo serão guiadas pela correlação de forças entre os partidos após as eleições municipais e a disputa pelo comando da Câmara dos Deputados.
Na semana passada, o governo Lula sofreu uma série de derrotas no Congresso, incluindo a derrubada de vetos presidenciais e a aprovação de projetos que vão de encontro às políticas do Executivo. No entanto, o presidente continua buscando fortalecer sua relação com o Congresso e garantir apoio para as próximas pautas que serão discutidas no Legislativo.
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